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Juan Cruz de Urquiza - Vigilia (2007)
Postado por Henrique Tonin em quinta-feira, 25 de setembro de 2008.
Este álbum reúne quatro dos melhores instrumentistas, compositores e "band-leaders" do cenário de Buenos Aires, provavelmente no auge de sua criatividade. As músicas transcorrem com uma naturalidade que me deixaram estupefato e com um sorriso permanente nos lábios. Miles Davis e o cool jazz são as referências imediatas, mas (ouça o álbum)  - o que é isso que estão tocando? Fusion, rock, cool, blues eletrificado-jazz-rock?

A impressão é de que vários estilos convivem aqui, mas discretamente. Não é vanguarda. São quatro grandes músicos que se encontram e expresssam sua satisfação tocando. Críticos falam entusiasticamente da noite de Buenos Aires e seus clubes de jazz, mas eu, sinceramente, estou satisfeito com o que ouvi aqui e não consigo mais pensar em termos de cenário ou noite, nem esperar por algo melhor. A sua música é tão convincente e vital que qualquer classificação soa ingênua.

Otero e Piazzolla aceleram e desaceleram, operam mudanças lentas; Piazzolla bombardeia, se "cala" e volta a tocar; Urquiza intervém; Miguel Tarzia ataca e ajuda o clima a sublimar-se com algumas sutis distorções, simula acordes de Hammond com a guitarra... E tudo volta ao lugar.


1. Praderas de la Nada (9:26)
2. La Rueda (9:32)
3. Milésimas (9:38)
4. Vigilia (16:01)
5. Solanas (7:13)
6. Helter Skelter (10:11)
7. Clifford (9:46)

Juan Cruz de Urquiza - trompete
Miguel Tarzia - guitarra
Mariano Otero - baixo
Daniel Piazzolla - bateria

Obs: os nomes e a nacionalidade não são mera coincidência; o baterista é neto de Àstor Piazzolla.

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