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Astor Piazzolla y Octeto Electronico - Olympia 77 (1977)
Postado por Henrique Tonin em terça-feira, 31 de março de 2009.
Àstor Piazzola é um caso particular dentro da música. Sua formação incluía tanto o jazz quanto Stravinky e Béla Bartók, mas Nadia Boulanger, com quem estudou em Paris, o estimulou a compor simplesmente como Piazzolla. E o resultado foi um tango que desconcertou tanto os velhos compositores e apreciadores que hoje essa palavra só é apilcada a compositores contemporâneos com um estremecimento de dúvida.

Neste concerto, dado no clube Olympia (Paris), quando ele próprio vivia na Itália, explora uma formação quase inteiramente elétrica, incluindo teclados, sintetizadores e alternando baixos e guitarras elétricos e acústicos.

O mais interessante é ver como Piazzolla explora as condições que lhe dão as diferentes formações. Com o Octeto Electronico, por exemplo, usa de um modo bastante sutil e comedido os instrumentos elétricos, valorizando mais a interação entre os músicos que a composição original, permitindo-lhes alongar, torcer e refundir as melodias.

Libertango foi transformado numa longa peça que está mais próxima do rock progressivo que de qualquer outra coisa. Adiós Nonino, que contém talvez uma das introduções mais marcantes do de todo o tango, teve seu lirismo revivido até o fundo e tornou-se ainda mais bela com a incorporação da flauta. Violentango, com os acordes cada vez mais densos e épicos do final é espetacular.

Em suma, um álbum altamente recomendado tanto para apreciadores quanto para quem ainda não o conhece.

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