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Petição contra o Projeto de Cibercrimes
Postado por Ingrid Faustino em segunda-feira, 29 de junho de 2009.
Diga NÃO ao AI5 digital, Contra Eduardo Azeredo e a corja do PSDB.

ASSINE A PETIÇÃO AQUI

Acho importante retornar/discutir/pensar/agir com relação a tal questão. Decidi postar isto hoje aqui no Sonora, afinal, é interesse de todos por aqui.

Embora o texto tenha um ponto de vista liberal, vendo a internet como um meio de progresso e de criação compulsiva, é ainda uma ação, e só na ação se faz alguma coisa, portanto apóio.
Mas digo que, não apenas não permitir que tirem esse meio que temos, mas que devemos abolir toda a propriedade artística, científica, cultural.
A comercialização de afecções, percepções e criações conceituais é um ultrage a própria ação criativa, é um meio de se impossibilitar a busca do indivíduo pela potência, impossibilitando à sociedade buscar uma vivência criativa, focada no desenvolvimento de possibilidades. Permanecemos, neste modo de vida, focados no eu, e em um eu comercializável, individualização onde poderia haver individuação. A indústria cultural nos amarra neste eu que nos venderam.
Ora, nos fazemos por encontros com o extenso, nós nos fazemos no Mundo, agenciamentos com o Universo.
Usemos a tecnologia a nosso favor, invés de corrermos atrás de nomes, espreitemos o encontro. Invés do império da razão, que haja a arte, a sensação, as possibilidades, a criação do mundo.
A internet é um meio que possibilita encontros, aliás, muitas, mas muitas vezes mesmo, não há uma estrutura que favoreça e possibilite tais experiências fora do espaço digital, afinal, não interessa - e imagino que muitas vezes nem seja deliberado, que eles realmente creiam nessa merda toda, é só ligar na tv Senado e ver as conversinhas deles, muitas vezes hilárias - aos homens que coordenam a(s) Estrutura(s), digamos assim, de formar criaturas vivas, que respiram, sentem, criam, mas seres amorfos e apáticos que engolem o mundo que eles criaram, ainda pagam por isso - e pagam com a própria existência acorrentada a esta possibilidade, que crêem única.

"Na Web, tudo está no mesmo plano. Não obstante, tudo está diferenciado. Não há nenhuma hierarquia absoluta, e cada sítio é um agente de seleção, de encaminhamento ou de hierarquização parcial. Longe de ser uma massa amorfa, a Web articula uma multidão aberta de pontos de vista; porém, essa articulação opera-se transversalmente, em rizoma, sem ponto de vista de Deus, sem unificação superior. Que esse estado de coisas gera confusão, cada um o reconhece. Novos instrumentos de indexação e pesquisa precisam ser inventados, conforme atesta a riqueza dos trabalhos atuais sobre a cartografia dinâmica dos espaços de dados, os “agentes” inteligentes ou a filtragem cooperativa das informações. Ainda assim, quaisquer que sejam os progressos vindouros das técnicas de navegação, é muito provável que o ciberespaço conserve sempre seu caráter profuso, aberto, radicalmente heterogêneo e nãototalizável".
Pierre Lévy.