Postado por Andre Carvalho
em quinta-feira, 4 de agosto de 2016.
postagem original em 20/07/2012.
Re-uploadando esta pérola. Um dos albuns mais inventivos, criativos e originais que já tive a feliz oportunidade de ouvir. Imperdível! Obrigado a indicação da época pelo amigo Matthäus.
"Sempre escuto umas coisas enquanto pinto, ou vejo formas quando toco"
Trompetista, pintor, artista multi-mídia, improvisador e membro atuante da frutífera cena de Chicago, participando de bandas como Exploding Star Orchestra, Starlicker, Isotope 217 e Chicago Underground, Rob Mazurek é sem dúvida um grande artista; em seus trabalhos solos sempre da ênfase a textura, colagens, sobreposições de sons e experimentações áudio-visuais.
Mazurek vive entre Chicago e São Paulo, nesta última, participa de sua cena underground tocando com os músicos do Hurtmold. Em 2010 lançou o seu primeiro trabalho solo em terras tupiniquins, o intitulado Calma Gente; e se existe álbuns que clamam por ambientação, este é um deles, se perderia muito em escutá-lo em outro horário que não fosse a noite. Desde o seu início já percebe-se algo intimista, solitário, lentamente e aos poucos parece que se é submergido em um oceano, tudo conscientemente. Desde a hipnótica The Passion of Yang Kwei-Fe, a dançante Oblíqua, ou a emotiva Flow My Tears and Last Forever, todas carregam essa atmosfera que parece ter a madrugada. Apesar de eu ter citado estas três músicas, não há um destaque isolado no álbum, todas sem excessão são de um grau de densidade fora do comum.