Algumas vezes ocorrem fatos em nossas vidas que quando os recordamos, soam como música. Mesmo aqueles os quais nos machucam, os quais parecem nos consumir por dentro, ao final de tudo restam apenas como memória, e esta não pode ser ruim ou boa, é apenas memória.
Como mencionado no primeiro post sobre Silvestrov, o compositor trabalha na forma em como sentimos a memória (e a relação subjetiva deste sentimento junto com a nossa tradição e cultura). Em certos casos algumas composições assumem um aspecto muito subjetivo em relação ao autor, tornando herméticas muitas destas composições, mas no caso destas 13 bagatelle's, mais as outras peças, os sentimentos são universais, mesmo não sendo identificados.
É extraordinário que algo possa soar desta maneira, deixando uma impressão tão viva sobre coisas as quais você verdadeiramente nunca viveu ou teve um contado direto. Tenho meus pés bem no chão, mas não posso deixar de comentar que esta obra assume um caráter transcendental, ao menos no que diz respeito aos sentimentos.
Valentin Silvestrov - piano
Alexei Lubimov - piano
Münchener Kammerorchester
Christoph Poppen conductor
Bagatellen (2005)
I - XIII/ II (var.)
Elegie for string orchestra (2002)
Dedicated to Marina Kapitza
Stille Musik for string orchestra (2002)
Dedicated to Manfred Eicher
I. Walzer des Augenblicks
II. Abendserenade
III. Augenblicke der Serenade
Abschiedsserenade for string orchestra (2003)
Dedicated to Ivan Karabits
I
II
Der Bote for strings and piano (1996)
Dedicated to Larissa Bondarenko
Zwei Dialoge mit Nachwort
for string orchestra and piano (2001/02)
Dedicated to Arvo Pärt
I. Hochzeitswalzer
II. Postludium
III. Morgenserenade
188 MB | 320 kbps | Scans
Marcadores: Valentin Silvestrov