2005
Ipecac Records
1. OV (45:43)
- Mick Barr / guitarra elétrica
- Josh Blair / bateria
DownloadJá tentei várias e várias vezes escrever uma resenha sobre o álbum em pauta na presente postagem, mas fracassei miseravelmente. Trata-se, a meu juízo, d'uma verdadeira
OBRA-PRIMA, um divisor de águas no seio da música experimental contemporânea, e seguramente um dos discos mais impressionantes que já escutei na vida. E já que descrever este monolito sonoro é uma tarefa das mais indigestas, falemos um pouco sobre a banda que o criou.
Formado no ano 2000, em Washington DC, por Mick Barr (guitarras) e Josh Blair (bateria), o Orthrelm explora as fronteiras mais extremas e inauditas do
math metal, incorporando hipnóticos
interlockings de fatura crimsoniana; as abruptas variações de compasso e andamento do
R.I.O; o caos deliberado e milimetricamente elaborado do
free jazz; e por fim, o minimalismo obsedante e neurótico de Steve Reich e Tony Conrad em
OV.
São simplesmente 45 minutos de shredding ininterrupto, implacável e inumano, um exercício furioso de geometria sônica no limite do inextricável. Mick Barr despeja centenas de notas por segundo como um feixe de raios laser em insanas circunvoluções, e Josh Blair atua como uma espécie de cyborg multitentacular tocando 10 baterias ao mesmo tempo. Consoante afirmei acima, OV estabelece um novo patamar de inovação, complexidade e excelência técnica para o avant rock, sendo portanto audição imprescindível para qualquer interessado no que existe de mais assombroso na música experimental hodierna. Marcadores: Orthrelm