Postado por Andre Carvalho
em quinta-feira, 4 de novembro de 2021.
Chochi Duré, entrerriano de nascimento e santafesino de formação, é um dos grandes nomes do chamamé argentino na atualidade. Se muitas vezes falamos vagamente e de forma abstrata sobre ter um pé no presente respeitando formas antigas, Duré é um dos artistas que logra enorme êxito nisto.
Regreso en Chamamé (2010) é o álbum que mais ouvi em 2021 e certamente será um dos que mais ouvirei em vida. Sempre tive problemas com escutar pura e simplesmente chamamé estando no conforto de casa, fazendo qualquer coisa no computador ou o que seja; é uma música pra baile, um acompanhante de alguma atividade mais alegre como um assado ou uma conversa animada com amigos. Mas este álbum em específico é possível apreciá-lo sem a necessidade de qualquer ambientação.
Outro mérito é a originalidade das composições, quase todas de autoria do músico, com um destaque pra belíssima e premiada "Secreto de Amor". Apreciem!
Postado por Andre Carvalho
em domingo, 7 de fevereiro de 2021.
Amitabh Bachchan no emocionante clássico 'Deewaar'(1975) com seu número da sorte estampado no braço
A década de '70 foi a década de ouro do cinema indiano. Não só pela composição dos filmes, mas principalmente por conta das trilhas sonoras. Vamos explorar algumas destas grandes obras.
Don é um filme de Chandra Barot de 1978; estrelado por Amitabh Bachchan, maior ator indiano de todos os tempos. No Brasil ganhou até um nome interessante, meio puxado pro faroeste: "E chamaram-lhe Don..."
Conta a história de um pobre artista de rua que precisa encarnar um poderoso mafioso que acabara de ser morto, trás ser forçado a encobrir o esquema de um policial corrupto.
O introvertido e inocente cantor, na medida em que adentra seu personagem, torna-se cada vez mais a figura confiante e taciturna de seu falecido sósia, mas sem se distanciar de seu bom coração que o leva a proteger e querer dar uma boa educação a seus sobrinhos.
Com um roteiro cheio de reviravoltas, o certo e o errado mudam de lado várias vezes, mas nunca por parte dos cidadãos comuns, e sim, sempre por parte das autoridades institucionais.
Caso seja o primeiro filme indiano que você verá, o principal conceito que você deve deixar pra trás é o tempo dispendido para apresentar a trama. Com filmes que não baixam de duas horas, sendo o comum 02h30 a 03h00 de duração, tudo tem seu tempo e é apresentado com a devida calma, e mesmo os episódios de ação mais frenéticos são apresentados sem pressa.
Se o embate entre John Nada e seu colega em They Live do Carpenter lhe causou algum estranhamento e até desconforto, prepare-se pra ver um épico de quase 20 min de saltos, golpes, socos e acrobacias impensáveis no meio de um cemitério, como é a cena final de Don.
Já Deewaar (1975) - de Yash Chopra e também estrelado por Amitabh Bachchan - narra a história de uma família no interior da Índia que cai em desgraça depois do pai sindicalista ser obrigado por mafiosos (sempre eles) donos de mineradoras a fechar um acordo desvantajoso para os trabalhadores. O pai foge e a mãe sozinha e desempregada se vê obrigada a mudar com os dois filhos pequenos para a então crescente Bombay. As crianças que até então tinham uma vida boa, passam a conhecer a dura realidade dos moradores de rua. Sem poder pagar pelo estudo dos dois filhos, o mais velho, Vijay Verma (Amitabh Bachchan), se sacrifica para que o irmão mais novo, Ravi Verma, possa estudar. Uma atitude que poderia unir mais a família acaba a separando, pois enquanto Ravi leva uma vida tranquila, Vijay vai sendo endurecido e talhado pela realidade das humilhações diárias do trabalho análogo à escravidão, se enclausura em seu próprio mundo e sua própria raiva, até que já crescidos, Vijay torna-se um mafioso, e seu irmão, um chefe de polícia. O resto é história.
Há uma cena muito emblemática em Deewaar (Caminhos Diferentes, no Brasil), onde Vijay já adulto e trabalhando como estivador no porto de Bombay, conversa com outro trabalhador, um velho muçulmano. Vijay lhe pergunta se trabalhando tantos anos no setor portuário, se havia visto ali muitas mudanças. O velho, sem nenhum ar de sabedoria, apenas cansaço, lhe diz:
-Nada mudou! Eu carregava caixas antigamente, e hoje também. É a mesma coisa. Tínhamos que pagar para uns criminosos locais nos deixarem viver. E hoje também, ainda tenho que pagar. As pessoas dizem que os tempos mudaram. Talvez... Mas sinceramente, só vi mudar as pessoas que nos extorquem.
Outra questão interessante é que enquanto Ravi naturalmente torna-se o filho obediente que vai com a mãe aos templos do deus Shiva, Vijay torna-se ateu por não conceber como pode pessoas honestas, de bom coração e religiosas, ainda assim sofrerem tanto. Uma discussão desse teor aparecer em um filme popular de um país onde a religião está entranhada em todos os aspectos da vida cotidiana, para quem vê de fora, é algo imensamente desafiador, mas em Deewaar aparece como um questionamento natural.
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As trilhas de Don e Deewaar foram compostas pelos irmãos Kalyanji & Anandji, que juntos trabalharam em mais de 250 produções (!!!) indianas.
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Outro grande filme indiano, e primeiro grande sucesso comercial do país, é Sholay (Cinzas, no Brasil) de 1975, também estrelado por Amitabh Bachchan mas dessa vez dirigido por Ramesh Sippy. A obra nos conta sobre Veeru (Dharmendra) e Jai (Amitabh Bachchan), dois bandidos com um certo código de honra que são recrutados por um antigo inspetor de polícia que os perseguiu no passado, mas que dessa vez necessita seus serviços para proteger uma pequena aldeia de um temível e cruel caudilho chamado Grabbar Singh (Amjad Khan).
O filme, que quebrou recorde ao ficar por mais de 25 semanas consecutivas em mais de 100 cinemas ao redor do país, e que também fez um estrondoso sucesso na União Soviética, discute pontos delicados do efervescente cenário político indiano dos anos '70, como por exemplo, o princípio de não-violência idealizado por Ghandi, inclusive com uma certa propensão a ser contrário a este método.
Claramente inspirado em clássicos como Os Sete Samurais de Kurosawa, e outros clássicos de faroeste como Era Uma Veste No Oeste de Sergio Leone, Sholay recebeu uma singela classificação de "curry western".
A trilha foi composta pelo mundialmente famoso R.D. Burman, o qual inclusive ganhou uma faixa homônima ao seu nome no maravilhoso album Ragged Atlas do Cosa Brava (Fred Frith, Carla Kihlstedt e grande elenco).
Mesmo particularmente considerando tanto Don como Deewaar como obras maiores, Sholay foi a que teve disparado o maior impacto cultural na Índia. Quase 50 anos depois, sua história, roteiro e trilha sonora ainda emocionam e reverberam em programas de TV, filmes, música, rodas de conversas casuais e qualquer outra esfera da vida cotidiana. As homenagens que atores, produtores e o diretor Ramesh Sippy já receberam foram incontáveis, assim como são incontáveis as versões que ganhou para teatro e remakes - autorizados ou não - no cinema.
A obra teve diversas cenas censuradas por serem consideradas violentas demais, mas foi seu final que mais gerou polêmica, já que o governo da época não viu com bons olhos um cidadão comum tomar a lei em suas mãos para realizar justiça.
Haveria ainda outros grandes clássicos pra citar, como Qurbani (1978), Dharmatma (1975) ou Haadsaa (1982), além claro, da belíssima e emocionante Trilogia de Apu, dirigida por Satyajit Ray, mas esta pode ser uma conversa futura. Para qualquer um dos três filmes falados aqui que for escolhido para ser visto, tem-se a certeza que mais que um entretenimento e aventura para passar o tempo, existe principalmente a imersão em um modo de vida, a honestidade e simplicidade na forma de contar histórias que pode dizer muito mais sobre um povo que qualquer tratado sociológico.
Postado por J.V.
em terça-feira, 30 de junho de 2020.
Selo:
Phantomcode – NAOS01CD
Formato:
CD, Album
País:
UK
Lançado:
2010
Tracklist
1 How Acla Disappeared From Earth (04:15)
2 The Woods Are Alive With The Smell Of His Coming (17:31)
3 We'll Witness The Resurrection Of Dead Butterflies (Three Moons) (04:38)
4 Sleeper: The Blue Towers, The Copper Bells, Ghost Ribbon, The Unknowable Index (10:22)
5 Wounded Galaxies Tap At The Window (07:44)
Credits
Artwork [Back Cover And Disc] – Val Denham
Artwork [Front Cover] – Fred Tomaselli
Artwork [Gatefold And Insert] – Alex Rose
Design [Back Cover And Disc Artwork From A Design By] – Paul Bonet
Mastered By – Denis Blackham
Performer – Cliff Stapleton, John Contreras, Michael J York*, Thighpaulsandra
Photography By – Ruth Bayer
Recorded By [Uncredited], Mixed By [Uncredited], Producer [Uncredited], Performer – Ossian Brown, Stephen Thrower
Typography [Calligraphy] – Geoff Cox-Dorée
Notes
Our very special thanks to Graham Duff for his generosity and encouragement over many years, and to Russ Oroonie for his kind gift of the title, 'The Woods Are Alive with the Smell of His Coming.'
Dedicated to Jhon Balance, now traverser of the aeons.
Thank you: Peter Christopherson, David Smith, James Mannox, Steve Pittis, Antony Hegarty, David Tibet, Ginger Cofield, Irene Bradbury, Christopher Rawson, John Marchant, Andrew Wilson, Daniel McKernan, David Knight, The Crows, Susan Norris & James Norris, Moff, Jordi Devas, John Slater, Anna Thew, Paul Jackson.
Recorded, mixed, and produced at Strange Hotel, South East coast of England, 2010, with additional recording of 'Sleeper' at Aerial Studios, Carmarthen, South Wales. Mastered at Skye Mastering, Scotland.
Postado por Andre Carvalho
em domingo, 19 de janeiro de 2020.
Barbosa Lessa foi um grande intelectual brasileiro, folclorista, escritor, teórico, músico e sobretudo, vivente das coisas do campo. Dedicou sua vida e obra na investigação da formação cultural, musical e literária que os povos originários e outras etnias relegaram ao Brasil, sobretudo a este canto mais embaixo no mapa do país que convencionou-se chamar Rio Grande do Sul.
Sempre tendo em vista o dinamismo dos costumes e as relações hierárquicas as quais permeiam qualquer fenômeno histórico, Barbosa Lessa jamais viu, e de forma alguma poderia aceitar, o engessamento e conservadorismo retrógrado que tomou conta dos CTG's (Centros de Tradições Gaúchas), que ele mesmo ajudou a fundar, e o qual também foi posterior e duramente criticado por tantos outros músicos e escritores, como Cyro Martins e Luiz Sérgio Metz.
Este álbum, ao que parece, deveria iniciar uma série onde cada região/estado teria suas cantigas arquivadas, rearranjadas e apresentadas para o resto do país, e porque não, para o mundo. Infelizmente o projeto parou por aí e este ficou sendo o único registro deste tipo.
Entre outros músicos presentes neste compilado estão Carla Diniz, Geraldo Príncipe, o grande Chico Raymundo, bem como o próprio Conjunto Barbosa Lessa.
A maioria das canções ganhou orquestrações e o tom característico daquele período conhecido como "A era de ouro do rádio". Há de se fazer alguns breves apontamentos: a canção "Quando sopra o minuano" era tocada religiosamente na alvorada de todos os dias na Rádio Guaíba, como um despertador, assim como "A tristeza do Jeca" de Tonico e Tinoco era tocada em todo final de tarde na Rádio Nacional. Já a faixa "Roda Carreta" carrega toda a melancolia e simplicidade de uma vida que além de sofrida não apresentava muitas perspectivas; é um registro quase imaterial dos sentimentos que tomavam os homens e mulheres que construíram o interior do Brasil, em um modo de vida que se hoje ainda não desapareceu, está em vias de extinguir-se.
Roda, roda, roda carreta
Roda lá pro fim do mundo
Roda, roda, roda carreta
Roda que nós vamos juntos
O boi da ponta é o destino
Companheiro do esperança
O boi 'Brasino' é o desejo
Parelha do 'Coração'
Bem perto do carreteiro
É o boi 'Desengano' e o boi 'Ilusão'
01 - Canção do Gaúcho - Geraldo Principe
02 - Quando Sopra o Minuano - Chico Raymundo 03 - Canção do Tropeiro - Chico Raymundo 04 - Roda Carreta - Chico Raymundo 05 - Cantiga de Eira - Geraldo Principe 06 - Negrinho do Pastoreio - José Tobias 07 - Milonga do Bem Querer - Chico Raymundo 08 - Andarengo - Carla Diniz 09 - Quero-Quero - Carla Diniz e Carlito Gomes 10 - Rancheira de Carreirinha - Conjunto Barbosa Lessa 11 - Pézinho - Conjunto Barbosa Lessa 12 - Despedida - José Tobias
Clarinet – Patrick PortellaLyrics By – Joseph RacailleVocals – Joseph RacailleWritten-By – Racaille, Portella
A7
–Feliu Gasul
*
Written-By – Gasul
B1
–The Black Sheep
Strangelove
Guitar, Drums – Daddy Longlegs Trumpet, Voice – Red PhantomeTuba – Rock Steady Voice – Zeena PlotnikVoice, Clarinet – L. ChemistWritten-By – Sheeps
B2
–Univers Zero
Influences
Bass Guitar – Guy SegersClarinet – Dirk DescheemaekerDrums, Percussion – Daniel DenisKeyboards, Guitar – Andy Kirk Recorded By – Eric FaesViolin – Alan Ward Written-By – Kirk
B3
–Aksak Maboul / The Honeymoon Killers
Boss De Crosses Dans Le Doulos
Bass – Vincent KenisDrums – Jean-François Jones JacobGuitar – Gerald FenerbergGuitar, Vocals – Yvon VrommanKeyboards – Marc HollanderVocals – Veronique Vincent
B4
–The Work
Houdini
Bass – Mick HobbsDrums – Rick WilsonEngineer – Etienne ConodEngineer [Assistant] – Bubu Steiner, Pete Bullen, The WorkGuitar – Bill GilonisGuitar [Hawaiian] – Tim HodgkinsonLyrics By – Tim HodgkinsonWritten-By – The Work
B5
–Henry Cow
Slice
Bass – Georgie BornBassoon, Saxophone – Lindsay CooperDrums – Chris CutlerGuitar – Fred FrithOrgan, Saxophone, Clarinet – Tim HodgkinsonRecorded By – Etienne ConodWritten-By – Cooper
B6
–Henry Cow
Viva Pa Ubu
Bass – Georgie BornBassoon, Saxophone – Lindsay CooperDrums – Chris CutlerGuitar – Fred FrithLyrics By – Tim HodgkinsonOrgan, Saxophone, Clarinet – Tim HodgkinsonRecorded By – Etienne ConodWritten-By – Hodgkinson
B7
–Decibel
Radio Extract
Bass Guitar – Walter Schmidt Clarinet – Javier BavieraDrums, Percussion – Jaime CastanedaPiano, Synthesizer – Carlos RobledoViolin – Alejandro SanchezWritten-By – db
C1
–Art Zoyd
Simulacres
Bass – Thierry ZaboitzeffGuitar – Alain EckertPiano – Patricia DallioSaxophone – Gilles RenardTrumpet – Jean Pierre SoarezViolin – Frank Cardon, Gerard HourbetteWritten-By – Hourbette
C2
–The Muffins
Two Extracts From Chronometers
Drums – Stu AbramowitzFlute, Clarinet, Saxophone, Xylophone – Tom Scott Guitar, Violin – Michael ZentnerPiano, Organ – Dave NewhouseWritten-By – Newhouse, The Muffins
C3
–Heiner Goebbels
Berlin - Kudamm 12 April 1981
Recorded By, Mixed By – Etienne Conod, Heiner Goebbels, Robert VogelSynthesizer, Performer [Rythmmachine], Piano, Cello, Electric Guitar, Acoustic Guitar – Heiner GoebbelsTrombone – Andreas Boje, Anne-Marie RoelofsWritten-By – Goebbels
C4
–Amos
Steer Clear Of England
Performer – Amos, C.D. Greyt, Sara V.Technician [Slave Master] – Charles BullionWritten-By – Balloona, Otto Dix
C5
–Conventum
Commerce Nostalgique
Double Bass – Pierre CartierDrums – Eduardo PipmanElectric Guitar – René LussierFlute – Jean DeromeWritten-By – Duchesne
C6
–Hector Zazou
Vera C
Cello – Iseux ChoixFlute – Xavier Le MasneGuitar – Rafael Giminez-FauvetyMarimba – Francois VerlyOboe – Magali LeberreRecorded By, Mixed By – H. Zazou, J. BoutaudViolin – Jean Bernard DubuissonWritten-By – Zazou
D1
–This Heat
Pool
Bass, Keyboards – Gareth WilliamsDrums – Charles HaywardGuitar – Charles BullenWritten-By – This Heat
D2
–The Residents
Walter Westinghouse
Written-By – The Residents
D3
–R. Stevie Moore
Pedestrian Hop & Copy Me
Recorded By – Robert StevieWritten-By – Moore
D4
–Ron Pate
I Talk To My Haircut
Written-By – Pate
D5
–Picchio Dal Pozzo
Uccelin Del Bosco
Bass, Trombone, Guitar, Voice – Andrea CecconDrums, Performer [Chincagleria], Vibraphone, Organ – Aldo Di MarcoGuitar, Flute, Voice – Paulo GriguoloPiano, Organ, Synthesizer, Alto Saxophone, Voice – Aldo De ScalziTenor Saxophone, Flute, Clarinet – Roberto RomaniWritten-By – Scalzi, Marco
D6
–Robert Wyatt
The Internationale
Performer [Personnel] – RobertRecorded By – Ian Solomon
Companies, etc.
Phonographic Copyright (p) – Recommended Records
Pressed By – Nimbus
Printed By – Third Step Printworks
Printed By – Frank Rook Ltd.
Printed By – Image Print Resources
Lacquer Cut At – Nimbus
Recorded At – Sunrise Studios
Recorded At – Wümme
Recorded At – Kaleidophon Studios
Recorded At – Studio D'Hennuyères
Recorded At – Studio Anagramme
Recorded At – El Ralpho Studios
Recorded At – The Crypt Studios
Recorded At – Studio G, Genova
Mixed At – Sunrise Studios
Mixed At – Studio Anagramme
Credits
Design [Cover Design] – Chris Cutler, E.M. Thomas
Edited By [General Editing] – Chris Cutler
Mastered By [Production Mastering] – Jon Jacobs
Notes
Limited edition of 3000.
Fold-out card outer in clear PVC bag with glitter print. With insert including titles, lyrics and RR label information.
Track B5 ends in a locked groove. Track D4 listed as "Fun In The Fundus" on label.
Side A time: 28:06 Side B time: 30:45 Side C time: 31:00 Side D time: 30:08
Cover printing: PVC bag: Third Step Printworks Card outer: Frank Rook Ltd. London Inner: Image Print Resources
Cut & pressed. Nimbus
Track A1 recorded at Sunrise Studio Switzerland. Track A2 recorded at Wümme in 1972/3. Track A3 recorded at Kaleidophon, London in Winter '80. Track B1 recorded at M.C.C.B. in Feb. 1982. Track B2 recorded at Hennuyeres Jan 82. Track B4 recorded 6 mixed 9/10 November '81 at Sunrise. Tracks B5, B6 recorded at Sunrise Studio, Switzerland in Jan & August 78. Track B7 recorded on Mexico City University Radio Station 1979. Track C2 recorded at Unconscious Quantum Laboratories in 1979. This mix 1982 at CAB Studios. Track C3 recorded and mixed at Sunrise Studio, Kirchberg, Switzerland, August 1981. Track C6 recorded & mixed at Anagrame (Paris). Track D2 recorded at El Ralpho & The Crypt Studios, California, Nov 76-Jan 77. Track D5 recorded at 'Studio G', Genova, 1981. Track D6 recorded at Wave, Twickenham 28./29. August 1981.